segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ferida aberta.

Daqui vejo o amor escorrer silencioso. E por mais que faça isso sem alardes, meus poros sentem a sua partida. Veneno vagaroso. Cortante. Ardente. Escaldante. E nada sangra mais que essa paz de trincheiras. Nada mata mais que essa sua guerra fria. Antes me atravessasse o cinete às entranhas. Antes me torturasse com mil crueldades. Me bata! Se zangue!
O amor evapora, fumaça, neblina e você se move, e nada fere mais que esse vazio, um frio me rasga a espinha ao vê-lo amável e passivo. Antes fosse cínico, rude, covarde. Antes urrasse e me estilhassasse assim em milhares de partes, e mesmo que você não tentasse encontra-las eu teria ouvido o seu grito de guerra, seu coração em disparate.
O amor se esvaindo, o amor desvanecendo, o amor... indo.
E mesmo que ele morresse, não seria letal: se você lutasse, bandeira branca, amor, descanse em paz, só não me olhe como se lamentasse.

do don´t touch.

Sem mais...

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